A base de toda conquista é o professor
A fonte de sabedoria, o professor
Em cada descoberta, cada invenção
Todo bom começo tem um bom professor
No brilho de uma ferrovia
(um bom professor)No bisturi da cirurgia
(um bom professor)
No tijolo, na olaria, no arranque do motor
Tudo que se cria tem um bom professor
No sonho que se realiza
(um bom professor)Cada nova ideia tem um professor
O que se aprende, o que se ensina
(um professor)
Uma lição de vida, uma lição de amor
Na nota de uma partitura, no projeto de arquiteturaEm toda teoria, tudo que se inicia
Todo bom começo tem um bom professor
Tem um bom professor
Amigos leitores quero aqui, como professor, expressar minha revolta a essa falsa valorização de nossa profissão. Sei que muitos acham essa propaganda bonitinha, legal, etc., mas, analisando-a com cuidado vemos que essa política que o Ministério de Educação vem fazendo é uma tapa na cara dos professores do Brasil. Analise comigo a letra: “o professor é a base de toda conquista”. Isso é verdade, mas, onde está a valorização dos professores? Vocês sabem quanto um professor com nível superior e concursado pelo estado da Bahia ganha com 20h de trabalho? Pouco mais de 800 reais. Isso com as gratificações. Agora vamos comparar o nosso salário com os salários das profissões citadas na letra dessa música que afirma que nós, professores, somos a base, ou seja, todas elas dependem da nossa profissão.
“Em cada descoberta e invenção” (cientistas, inventores, etc.).
“No brilho de uma ferrovia, no arranque do motor” (engenheiro mecânico: salário médio inicial, de R$ 4.500 a R$ 6.000).
“No bisturi da cirurgia” (médicos: salário médio inicial R$ 3.600 com gratificações e plantões podem passar de R$ 10.000).
“No tijolo, na olaria”. (empresário, administrador: varia bastante, mas com toda certeza ganham muito mais de R$ 800,00).
"Na nota de uma partitura” (músicos: depende do músico, claro, mas sendo um profissional que toca em orquestra pode ganhar mais de R$ 10.000).
“No projeto de arquitetura” (engenheiro civil, arquiteto).
E, por favo, não me venha com essa que é o amor que compensa.
Como querem valorizar o professor com um salário de merda, sem condições de trabalho e segurança. Como vamos ser respeitados e incentivar um aluno a ser professor sendo que, não desvalorizando as demais profissões, até mesmo um gari com ensino fundamental ganha o mesmo ao até mais que um professor.
Marcos Brito.
COM A MESMA CARGA HORÁRIA GARIS GANHAM SALÁRIO MAIOR DO QUE PROFESSORES NO ESTADO
Comparando as profissões, ambas de suma importância para a sociedade, é possível apontar a diferença. O salário sem gratificações de um gari chega a R$ 620,00 e o de um professor é de 889,00. A situação dos professores de nível médio, contratados em 20 horas é mais lamentável ainda, o vencimento pago pelo governo é de R$ 444,89 e mais gratificação de R$ 100,00, se estiver em sala de aula.
A comparação é baseada em informações repassadas pela direção dos Sindicatos dos Trabalhadores em Educação no Estado de Rondônia (Sintero) e dos Servidores Públicos do Município de Porto Velho (Sindeprof).
Pendurados em vários empréstimos bancários, assim como a maioria dos profissioais de educação, os professores com nível superior, também reclamam a defasagem dos salários. Um docente com 40 horas de sala de aula, ganha R$ 1.497 e gratificação de R$ R$ 200,00 e com carga de 20 horas, o valor baixa para R$ 748 e mais R$ 100,00 de gratificação.
PROFISSIONAIS DE APOIO
O salário dos profissionais de escola (limpeza, cozinha, inspeção e portaria), é o mais defasado, segundo o Sintero. O valor do vencimento é de R$ 378,00, com gratificação de R$ 205 e alguns auxílios, o total pode chegar a aproximadamente R$ 700,00.
Com R$ 470 de vencimento e mais gratificações e auxílios, o salário dos profissionais de administração (secretaria escolar), não tem muita diferença. Segundo cálculos do Sintero, o salário dos profissionais em educação esta com defasagem de 35%, baseados no período de 2002 a 2010.
Nesta quarta-feira (27), o sindicato realizará uma assembléia para apresentar a proposta salarial do governo do estado. Caravanas do interior são esperadas para a reunião. Caso os servidores não aceitem o oferecido, há possibilidade de greve por tempo indeterminado na educação.
Fonte : Imagem News.com Autor : Imagem News.com in http://www.pimentavirtual.com.br/materia.html?id=1168
A comparação é baseada em informações repassadas pela direção dos Sindicatos dos Trabalhadores em Educação no Estado de Rondônia (Sintero) e dos Servidores Públicos do Município de Porto Velho (Sindeprof).
Pendurados em vários empréstimos bancários, assim como a maioria dos profissioais de educação, os professores com nível superior, também reclamam a defasagem dos salários. Um docente com 40 horas de sala de aula, ganha R$ 1.497 e gratificação de R$ R$ 200,00 e com carga de 20 horas, o valor baixa para R$ 748 e mais R$ 100,00 de gratificação.
PROFISSIONAIS DE APOIO
O salário dos profissionais de escola (limpeza, cozinha, inspeção e portaria), é o mais defasado, segundo o Sintero. O valor do vencimento é de R$ 378,00, com gratificação de R$ 205 e alguns auxílios, o total pode chegar a aproximadamente R$ 700,00.
Com R$ 470 de vencimento e mais gratificações e auxílios, o salário dos profissionais de administração (secretaria escolar), não tem muita diferença. Segundo cálculos do Sintero, o salário dos profissionais em educação esta com defasagem de 35%, baseados no período de 2002 a 2010.
Nesta quarta-feira (27), o sindicato realizará uma assembléia para apresentar a proposta salarial do governo do estado. Caravanas do interior são esperadas para a reunião. Caso os servidores não aceitem o oferecido, há possibilidade de greve por tempo indeterminado na educação.
Fonte : Imagem News.com Autor : Imagem News.com in http://www.pimentavirtual.com.br/materia.html?id=1168
Ok..quero ressalatra aki a desvalorização, sim do Professor. essa música é uma enganação, uma utopia, um tapa na nossa cara, realmente. Leva todos a pensarem que, com ela, o Brasil valoriza nossa profissão...“Assim, o professor pode mudar seu olhar, seu escutar, seu tocar, seus conhecimentos teórico-práticos para melhor compreender o que lhe parecia tão complexo.” Muito importante é o refazer que esse fragmento coloca. Não há dúvidas! Porém, para se chegar nessas outras tomadas de posições, além de um excelente planejamento, precisaríamos, decididamente, de uma boa base teórica, tempo para refletir e, consequentemente nos determos na preparação de todo o trabalho, pois são ações que admitem e consomem tempo mesmo que tudo se dê de forma processual e contínua!
ResponderExcluirQuando a Prof. Cecília coloca: “Consideram-nos pessoas de uma profissão inferior, mas na hora de falar de nós diz que somos a profissão mais importante...” e esse posicionamento é estampado diariamente nos meios de comunicação: “No trilho de uma ferrovia, um bom professor. No bisturi da cirurgia, um bom professor. No tijolo da olaria, no arranque do motor. Tudo que se cria tem um bom professor.” Uma pergunta séria seria bastante pertinente: quais as condições que o país está oferecendo para se produzir esse “bom’’ Professor? O que vem sendo oferecido para que torne esse Professor realmente “bom”? E o “bom’’ vem de que perspectiva? Seria um bom, por que mesmo com tantas adversidades do sistema nos temos transformados em fortalezas e nos saímos bem com salas lotadas, salários baixos, cansaço ao extremo, ou não temos esse Professor bom e tudo fica pairando na linda letra da melodia desta música embalada pelo gosto acre-doce desses versos românticos?
Mas, para se fazer educação de qualidade nunca nos foram dadas as ferramentas necessárias para se poder esse profissional desempenhar seu papel dignamente!
Vamos pensar em currículo, em Professor-pesquisador, temos que pensar em AVE, TAL, Prova Brasil...mas, nunca voltaram as atenções para as nossas salas super lotadas onde somos obrigados a lidar com todo tipo de problemas sociais produzidos pela imposição do fetichismo do capitalismo cruel operante, sem as mínimas condições de trabalho para desempenhar brilhantemente o papel de Professor. Nossas salas com quantidades limítrofes de alunos; ainda, “Cobra-se muito do professor. Ele está atribulado de tarefas, ganha pouco e às vezes tem mais de um emprego para se manter. Não tem tempo de ser criativo, nem de pensar.”
Assim, é que vamos “remando” contra a correnteza, sem salários dignos, sem tempo para se aperfeiçoar, (e quando desejamos, um monte de leis nos acodem contra!), vamos sem perspectivas, apesar de ter de pregar em nossas salas que a educação é quem poderá salvar esse país, cheio de dores e (sonho)frimento, muitos...