"Se queres, aí a tens: a liberdade para morrer de fome". Segundo Frantz Fanon a arrogância do colonizador com suas ideologias de superioridade criaram o efeito boomerang, ou seja, a revolta do colonizado contra o colonizador.
É o colonizador quem tem feito e continua a fazer o colonizado. O colonizador tira sua liberdade, isto é, seus bens, do sistema colonial. Assim como, vimos os burgueses cada dia mais rico a custo do suor do proletariado e os proletariados cada dia mais pobre. Resta, portanto, a esses miseráveis utilizarem da violência como (re) ação da violência sofrida.
Atualmente a sociedade brasileira vive presa entre grades em suas próprias casas com medo da violência das ruas, os fazendeiros cada dia mais perturbados com a possibilidade de terem suas terras invadidas, os policiais com medo de exercerem sua profissão por causa dos bandidos. Portanto, “[...] Sobrou pra você sentir medo, não adianta implorar pelo amor, nós somos a fúria que você mesmo criou” (Hip Hop – Realidade Cruel). Esses meios violentos para derrubar o colonialismo são visto por Fanon como a resposta do colonizado a arrogância do colonizador. A violência liberta o colonizado de suas alienações.
Sobretudo, notamos que a mídia tem grande responsabilidade nesta revolução da violência, pois, leva a idéia dos estereótipos de “beleza-branca” (todo que é bom é branco) e a “feiúra negra” ( tudo que é ruim é preto), influenciando o racismo assimilacionista que força o colonizado (preto, pobre, favelado, etc.) a buscar o embranquecimento. Porém, não alcançando a estética padrão disseminado pela televisão se sentem sem pátria, sem terra, sem lar e resta responder com a violência.
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